Indústrias

Entre os anos de 1960 e 1980, a região do então distrito de Hortolândia passou por um grande desenvolvimento econômico e comercial, que foi impulsionado com a construção do Aeroporto Internacional de Viracopos, no ano de 1960, e com a fundação da Universidade Estadual de Campinas, em 1967, fortalecendo a área dos transportes e da tecnologia na região. Ao mesmo tempo em que o distrito ainda possuía grandes áreas rurais, ele passou a receber indústrias de distintas complexidades, como as cerâmicas e as têxteis, ao mesmo tempo em que grandes conglomerados multinacionais de diferentes áreas, como a farmacoquímica, a indústria alimentícia e de processamento de dados se instalaram na região.  

Esse processo se tornou ainda mais intenso a partir de 1973, quando João Smânio Franceschini, então prefeito de Sumaré, sancionou uma lei municipal para a isenção de impostos para as empresas industriais e comerciais que se viessem a se instalar nos limites do município, incluindo o distrito de Hortolândia, permitindo a criação de muitos empregos. Nesse processo, a região recebeu migrantes de todas as regiões do Brasil, transformando-se em um núcleo populacional bastante plural.  

O crescimento notório do distrito de Hortolândia gerou um grande problema, durante a década de 1970: ao mesmo tempo em que as indústrias e as entidades comerciais se instalarem no território do distrito, fazendo com que ele se tornasse responsável por mais da metade da arrecadação do município de Sumaré, a prefeitura não retornava os investimentos em serviços urbanos e de infraestrutura para o distrito. Não havia ainda, por exemplo, serviço de água e esgoto encanados em Hortolândia nesse período, enquanto Sumaré já apresentava um grande conjunto de investimentos em serviços básicos.